O PSB anunciou nesta segunda-feira, 11, o posicionamento favorável ao impeachment e, apesar de o presidente da sigla, Carlos Siqueira, garantir que não haverá perseguição aos deputados que quiserem votar contra a orientação, o líder da legenda na Câmara foi orientado a monitorar e substituir o deputado Bebeto (PSB-BA) na votação desta segunda da comissão especial de impeachment. Bebeto seria um dos deputados resistentes a afastar a presidente Dilma Rousseff.
Durante reunião da direção executiva do PSB na manhã desta segunda-feira, Siqueira deixou claro que há um pacto para que os quatro deputados que representam o partido na comissão votem juntos pelo afastamento da presidente nesta tarde. Entretanto, haveria resistência de Bebeto, que é da bancada da Bahia e tem boas relações com o governo e com o ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, Jaques Wagner.
Segundo fontes, um dos vice-presidentes do partido, Beto Albuquerque, teria dito rispidamente durante a reunião que quem não quiser votar pelo impeachment na comissão terá que entregar a vaga para o suplente. Fernando Coelho Filho (PE), líder da bancada, seria o responsável por monitorar Bebeto.
Para Jonas Donizette, prefeito de Campinas e membro da executiva, não haveria incongruência se Bebeto votasse à favor do impeachment na comissão hoje e, depois, contra o afastamento da presidente na votação em plenário no fim de semana. De acordo com ele, a votação de hoje trata apenas da admissibilidade do processo e não do mérito. Este é o argumento que colegas de partido usarão para convencer Bebeto a votar à favor do impeachment nesta tarde.