O volume de recursos é cinco vezes maior do que o recebido pelo governo do Estado em 2006, quando foi firmado o primeiro contrato com o Banco do Brasil, no valor de R$ 100 milhões (um valor per capita de R$ 882,67, considerando que o Estado tinha na época 120 mil servidores).
“O sucesso da negociação é resultado desse novo momento do Paraná, de retomada do desenvolvimento econômico e da confiança nas instituições, graças a uma gestão pública austera e responsável, cumpridora de seus compromissos”, disse o governador Beto Richa.
A opção do Paraná por manter a contratação direta do banco – ao contrário de estados que fizeram licitações com bancos privados – teve o objetivo de privilegiar uma instituição pública e evitar qualquer tipo de transtorno aos servidores que já recebem os pagamentos e utilizam os serviços do banco há cinco anos.
O governador determinou que os recursos do novo contrato, quando forem recebidos pelo tesouro estadual, sejam investidos em obras e serviços públicos, para garantir novas melhorias em áreas como saúde, educação, segurança e infraestrutura. “O cidadão paranaense é o maior beneficiário dessa conquista”, afirmou Richa, que também destacou as vantagens do novo contrato para o servidor: manutenção dos mesmos números de conta, cheques e cartões, além da possibilidade de expansão do número de agências e postos de atendimento.
O contrato atual termina em 13 de julho, e os detalhes do novo pacto serão negociados ao longo das próximas semanas pela Secretaria da Administração e Previdência. O secretário Luiz Eduardo Sebastiani explicou que buscará mais benefícios para os servidores. “O detalhamento do contrato começa agora. Podemos garantir que, além da significativa ampliação do valor para o Estado do Paraná, os serviços terão, no mínimo, as mesmas condições, com a perspectiva de melhorias”, disse ele.
A folha de pagamento do governo estadual inclui 151 mil servidores, com um volume mensal de R$ 500 milhões em salários. Os pagamentos dos 75 mil servidores aposentados e 25 mil pensionistas é feito pela Paraná Previdência, por meio da Caixa Econômica Federal, e não estão incluídos no contrato com o Banco do Brasil.
Mais investimentos
Os principais programas que terão financiamento garantido pelo BB são o Programa de Agricultura Familiar, com recursos de R$ 6 bilhões já garantidos; Programa de Desenvolvimento Regional Sustentável, com R$ 1,5 bilhão, programas de geração de emprego e renda, com R$ 400 milhões, e o programa Arenito Caiuá, com R$ 2,5 bilhões até 2016.
O primeiro convênio entre o governo estadual e o BB para o Arenito Caiuá foi assinado no dia 27 de maio, no valor de R$ 500 milhões. Com os recursos, governo vai prestar apoio aos produtores para que possam investir nas cadeias produtivas da região, com assistência técnica adequada para manejar o maquinário e o solo. O BB vai treinar agricultores para que operem adequadamente determinadas culturas, incentivar o cooperativismo, recuperar Áreas de Preservação Permanente (APP) e inserir tecnologia no campo para possibilitar aos produtores ganhos com produtividade, qualidade e renda.
Ranking
Quadro geral dos Estados com folha de pagamento administrada pelo BB
Estado – valor do contrato per capita
Paraná – R$ 3.301,65*
Mato Grosso do Sul – R$ 2.423,22
São Paulo – R$ 2.260,76
Minas Gerais – R$ 2.154,93
Acre – R$ 1.948,35
Amapá – R$ 1.937,01
Paraíba – R$ 1.926, 74
Rondônia – R$ 1.857,75
Santa Catarina – R$ 1.778,25
Bahia – R$ 1.775,65
Rio Grande do Norte – R$ 1.718,95
Roraima – R$ 1.699, 71
Piauí – R$ 1.659,07
Maranhão – R$ 1.646,88
Tocantins – R$ 1.432,04
Mato Grosso – R$ 1.138,97
*novo contrato
