Barbosa Neto apoia aliança entre PDT e PT

O prefeito eleito de Londrina, Barbosa Neto, defendeu ontem, 31, uma aliança do PDT com o PT para a sucessão estadual do próximo ano. Em visita à Assembleia Legislativa, Barbosa afirmou que uma composição envolvendo os dois partidos, e mais o PP, pode oferecer um palanque próprio para o senador Osmar Dias, pré-candidato pedetista ao governo.

Em Curitiba, Barbosa Neto teve um encontro com o governador Roberto Requião (PMDB) e com o desembargador Jesus Sarrão, presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

A Requião, Barbosa pediu liberação de recursos e ajuda do governo do Estado para a cidade. Para Sarrão, a solicitação foi a antecipação da sua posse, que inicialmente seria realizada em maio.

O prefeito de Londrina acha que a cidade já perdeu muito tempo com as idas e vindas da Justiça Eleitoral sobre a cassação do registro de Antonio Belinati (PP), o candidato mais votado na eleição no primeiro e segundo turno da eleição de outubro do ano passado.

Apontado por aliados como uma das lideranças com influência no processo sucessório do próximo ano, o prefeito eleito de Londrina é o primeiro pedetista a se posicionar publicamente a favor de uma aproximação entre Osmar e o PT, contrariando setores do PDT que preferem apostar na coligação com o PSDB e no apoio dos tucanos ao senador pedetista.

“Sou uma voz discordante no partido. Mas acho que o PDT deve se aliar ao PP e PT. Esta é uma aliança coerente com a base de apoio do governo federal”, declarou o prefeito eleito de Londrina.

No encontro com Requião, que apoiou seu adversário na eleição, o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB), o prefeito eleito de Londrina obteve a promessa de que o governo estadual ira investir em obras consideradas necessárias à cidade, como a construção do Jardim Botânico e a ampliação de hospitais.

Barbosa Neto ainda não definiu a equipe, mas já decidiu que uma das primeiras medidas será o corte de cargos comissionados. Ele informou que Londrina gasta 51% da receita líquida com a folha de pagamento de pessoal e está na linha de alerta prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal. Se passar do limite, a prefeitura deixa de receber verbas do governo federal.

A proposta do novo prefeito é reduzir de 180 para 50 as funções comissionadas. A medida ajuda, mas não resolve um dos principais problemas no quesito gastos com pessoal.

Durante a campanha eleitoral, o pedetista se comprometeu a repor as perdas salariais dos servidores. Por enquanto, ele pediu uma trégua para fazer um diagnóstico mais preciso do caixa.

“Todos os candidatos assumiram esse compromisso. Nós queremos ter uma parceria com os servidores para reduzir o custeio da máquina e aumentar a arrecadação”, disse.

Hoje, o prefeito eleito de Londrina irá a Brasília. Pretende procurar vários ministros em busca de recursos para a cidade. Também está postulando uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para reforçar o pedido de recursos.

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