Barbosa alega complô no STF, mas diz que resistirá

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, que está de licença médica por causa de um “problema crônico na coluna”, circula por Brasília e marca presença em festas de amigos e encontros em um conhecido restaurante-bar da cidade. Abordado, o ministro reclamou de reportagem sobre a paralisação dos processos no gabinete dele e disse que o texto foi usado por um grupo de pessoas que quer a sua saída do STF. “Mas vou continuar no tribunal”, disse, irritado.

Indicado em junho de 2003, o ministro vai completar 225 dias de licença no próximo dia 30 de setembro. Advogados e colegas de tribunal reclamam que os processos estão parados e pressionam para que a situação dele se defina – se ele não pode trabalhar, que se avalie a necessidade de aposentá-lo.

Na tarde de sábado, a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo encontrou o ministro com amigos no bar Mercado Municipal, point da Asa Sul da capital. Na noite de sexta-feira, ele esteve numa festa de aniversário, no Lago Sul, que reuniu advogados e magistrados. Barbosa diz que as dores de coluna não lhe permitem ficar muito tempo sentado no plenário da Corte.

Quando a reportagem do Estado se aproximou da mesa de Barbosa no bar, o ministro disse que não daria entrevista. Mas criticou um texto publicado pelo jornal no último dia 5, intitulado “Licenças de Barbosa emperram o Supremo”. Ele é o campeão de processos estocados no STF, apesar de ter sido poupado das distribuições nos meses de licença. Barbosa disse que o jornal havia publicado uma “leviandade”, que suas licenças não emperram os trabalhos da Corte.

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