As bancadas estaduais do PMDB, PT, PPS e PL decidiram ontem formalizar o apoio à candidatura à reeleição do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Hermas Brandão (PSDB). Mas exigem uma contrapartida do tucano. Querem que Brandão concorde com a indicação, pelos aliados, de ao menos dois outros cargos importantes na Mesa Executiva – a 1.ª secretaria e a 1.ª vice-Presidência. PT e PMDB, as duas maiores bancadas da Assembléia, preencheriam as duas vagas na chapa encabeçada pelo tucano.
Na prática, o bloco aliado do governador eleito, Roberto Requião (PMDB), está dando um xeque-mate no presidente da Assembléia. Com a proposta, aprovada na reunião de ontem, os aliados estão exigindo que Brandão deixe clara sua posição sobre a candidatura do petebista Valdir Rossoni à 1.ª secretaria. Rossoni tem articulado sua reeleição para o cargo. Até agora, o presidente da Assembléia não se manifestou abertamente a respeito da articulação do petebista para ser o candidato a 1.º secretário na sua chapa.
“Nós fechamos com a candidatura do Hermas Brandão, mas deve haver a reciprocidade. Queremos saber se ele fecha conosco e traz para a composição os seus aliados que estão com o Rossoni”, afirmou o líder do PMDB, deputado Nereu Moura. Peemedebistas e petistas evitam comentar a disputa entre os dois partidos pela 1.ª secretaria. Entretanto, o PMDB não abre mão de indicar o 1.º secretário pelo fato de ter conquistado o governo do Estado. Ao PT caberia a 1.ª vice-presidência.
O Estado não localizou ontem Brandão para comentar a proposta dos aliados. Nos bastidores, a informação é de que se o presidente da Assembléia resistir em descartar seu 1.º secretário, o PMDB e o PT poderão buscar o PDT para tentar compor uma chapa de oposição. Na próxima terça-feira, o bloco aliado do governo eleito vai se reunir formalmente com Hermas Brandão para fechar a composição.