O PT elegeu o maior número de deputados, passando de 20 para 24 cadeiras, mas o governador eleito Geraldo Alckmin, do PSDB, não terá dificuldade para manter tranquila maioria na Assembleia Legislativa de São Paulo. Os tucanos mantiveram as 23 vagas atuais e contam com os 8 deputados eleitos pelo DEM na coligação. Alckmin deve buscar o apoio do PV que, graças ao desempenho da candidata à Presidência, Marina Silva, no Estado, passa a ter a terceira maior bancada, com 9 parlamentares.

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O PTB e o PDT encolheram de cinco para quatro cadeiras, respectivamente, mas estão na mira dos tucanos para compor a frente governista. Com a possível adesão do PMDB, a base governista chegaria a pelo menos 48 deputados.

O PT também tentará compor com outros partidos para formar um bloco de oposição, com 28 parlamentares. “O governo deixa de ter uma maioria tão esmagadora, o que é bom para a democracia”, avaliou o petista reeleito Hamilton Pereira.

As urnas revelaram o encolhimento do DEM no Estado, com a perda de 4 cadeiras. Também tiveram perdas o PSB, de 5 para 3, o PPS, de 5 para 4, o PP e o PSOL, ambos de 2 para 1. O PMDB (4), o PRB (2) e o PR (1) mantiveram suas posições. O PSC tinha 2 deputados e vai para 4. O PCdoB, sem cadeira na atual legislatura, conseguiu eleger 2. A renovação no quadro de deputados estaduais paulistas foi de 36%.

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Secretariado

Eleito anteontem no 1º turno paulista, o tucano Geraldo Alckmin tem pela frente um quebra-cabeças de secretariado para montar. A expectativa é que ele substitua boa parte da equipe serrista que está no Palácio dos Bandeirantes desde 2006, trazendo nomes de seu círculo próximo.

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Entre eles estão os dois personagens da campanha de 2008, derrotada na disputa pela Prefeitura de São Paulo, que se mantiveram leais ao voo solo do tucano: os deputados reeleitos Edson Aparecido e José Aníbal, do PSDB. Como escudeiros de Alckmin, Aparecido e Aníbal são cotados para assumir pastas importantes da próxima gestão, assim como o deputado estadual Sidney Beraldo (PSDB), que coordenou a campanha do tucano.

Beraldo foi crucial para apaziguar o núcleo peemedebista que apoiou o tucano, em meio à indefinição que envolveu a renúncia do então candidato ao Senado Orestes Quércia (PMDB). O tucano era suplente de Aloysio Nunes (PSDB) e deixou a posição privilegiada para o secretário-geral do PMDB, Airton Sandoval, evitando um desembarque completo da legenda da candidatura alckmista. Em virtude do gesto e do trânsito que tem entre as alas tucanas, hoje Beraldo é um dos cotados para a Secretaria da Casa Civil.

Outro nome citado como possível nova peça do secretariado é o do deputado estadual reeleito Fernando Capez (PSDB), que pode assumir a pasta de Segurança Pública. Procurador licenciado, Capez foi o terceiro mais votado para ocupar uma das cadeiras na Assembleia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.