A bancada do PT rachou sobre o apoio incondicional ao governo do Estado. Os deputados André Vargas, Padre Paulo Campos e Tadeu Veneri (PT) estão contrariados com o Palácio Iguaçu e passaram a defender menos apoio ao governador Roberto Requião (PMDB) no plenário da Assembléia Legislativa. A dissidência de Vargas é antiga e suas críticas ao governo não são novidade. Já Veneri e Paulo Campos passaram a questionar o alinhamento automático ao governo mais recentemente.
Veneri vem defendendo que a bancada adote o modelo “apoio crítico” ao governo estadual, nos mesmo moldes que Requião propôs em relação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Já Padre Paulo acha que “não tem motivo para apoiar um governo que não nos apóia”. Requião vetou, por exemplo, a lei aprovada pela Assembléia Legislativa, de autoria de Veneri, que estabelecia a jornada semanal de trinta horas para os servidores da área da saúde no Estado.
O líder do governo, Natálio Stica (PT), afirmou que a maioria da bancada é favorável a manter o apoio ao governo até 2006. E chamou de “indisposições localizadas” as manifestações de Veneri e Padre Paulo.