Bancada do PMDB na Câmara Municipal vai encolher

O PMDB, partido do governador Roberto Requião, terá menor representatividade a partir de fevereiro na Câmara Municipal de Curitiba. Isso porque dos quatro vereadores que compunham a legenda, dois saíram para assumir novos cargos, e serão substituídos por suplentes de outros partidos.

Marcelo Almeida deixou sua cadeira para assumir a diretoria do Departamento de Trânsito (Detran). Em seu lugar assume Jônathas Pirkiel, que se desfiliou do PMDB em setembro. Já Alexandre Curi, eleito deputado estadual, será substituído por seu suplente que é do PFL, partido que o elegeu para a Câmara em 2000.

Para os dois vereadores que ficaram, a situação também não é confortável. Isso porque Celso Torquato votou para a presidência da Casa a favor do bloco de situação, descumprindo determinação dos oposicionistas, que pretendiam lançar candidato próprio. Na época da eleição, ocorrida em novembro do ano passado, Almeida e Salamuni chegaram a anunciar que iriam pedir a expulsão Torquato do partido. No entanto o vereador afirmou que não pretendia mudar de legenda, e passada a votação ele continua no PMDB. “Nunca trai meu partido e não pretendo sair dele”, garantiu.

Preocupação

De acordo com o vereador Paulo Salamuni, a situação do bloco de oposição será bastante complicada este ano. “Mesmo sendo minoria, o bloco era forte, pois contava com quatro vereadores do PMDB, seis do PT e um do PDT. Mas na eleição da Mesa o Jorge Bernardi (PDT) também votou contra a oposição. Não sabemos que posicionamento ele tomará este ano”, disse.

No final do ano Salamuni chegou a cogitar a possibilidade de ir para o PT. “Quero conversar com a direção do partido para saber como ficará a liderança na Câmara. Também quero saber como ficará o partido municipal, e qual será a política para receber novos filiados. Vou discutir estas questões, mas não tenho a intenção de deixar o PMDB”, explicou.

Salamuni lembrou que a partir de agora passa a ser o vereador mais antigo dentre os que fazem oposição ao prefeito de Curitiba, Cássio Taniguchi (PFL). “O André Passos e o Adenival Gomes (ambos do PT) estão no meio do primeiro mandato. Os outros que assumem são calouros. Eu sou o decano da oposição”, disse. Apesar das dificuldades que irá enfrentar, Salamuni afirmou que pretende continuar com seus projetos, e que a oposição continuará a cumprir seu papel. A partir de fevereiro André Passos deverá assumir como novo líder do bloco.

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