O Diretório Nacional do PR informou, por meio de nota, que o escritório criminalista Ávila de Bessa é contratado pelo partido “para atender membros da Executiva Nacional e parlamentares que respondem a processos em varas criminais, inclusive tribunais superiores”. A legenda afirma que a atuação da banca se dá “sobretudo quando tais processos dizem respeito à atuação político-parlamentar e no curso do período da representação partidária”.
“Entre os casos, destacam-se aqueles que figuram como réus na AP-470 (Costa Neto e Carlos Rodrigues) ou no caso das emendas destinadas às ambulâncias para prefeituras”, especificou o partido, acrescentando que os valores constam da prestação de contas apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A reportagem telefonou para o escritório do criminalista Marcelo Luiz Ávila de Bessa, que defende políticos do PR, mas não houve resposta.
Sigilo
O PT não respondeu a questionamentos enviados por e-mail à sua assessoria de imprensa. “No nosso entendimento, os nossos fornecedores têm o direito de ter o seu sigilo fiscal protegido”, afirmou o partido por meio de nota.
A legenda sustenta que todos os seus contratos “obedecem rigorosamente às determinações legais e foram aprovados pelas instâncias partidárias competentes, de acordo com o estatuto”.
A advogada Gabriela Fregni, do escritório Fregni – Lopes da Cruz, reiterou que os pagamentos do PT cobrem exclusivamente serviços ao partido, em ações cíveis, a partir de 2012: “Não tem nada a ver com (a defesa de José) Genoino”.
O advogado Luiz Bueno de Aguiar disse que seu trabalho para Rosemary Noronha foi informal, no início da Operação Porto Seguro, e que não chegou a ter procuração dela para atuar formalmente.
Segundo ele, outro profissional a representa atualmente. “Fui segurar um rojão. Passou e o advogado dela é o Celso (Vilardi)”, disse, acrescentando representar o PT em número “gigantesco de ações”. “Tenho contrato fixo com o partido. Sou o advogado de toda a parte cível, a favor ou contra, em praticamente todos os Estados da Federação.”Márcio Luiz Silva disse que os pagamentos do PT se referem à sua atuação no Tribunal Superior Eleitoral. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.