Aval de Lula faz petistas ficarem no governo Cabral

A direção nacional do PT, com aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reagiu ao movimento do grupo ligado ao senador Lindbergh Farias (PT-RJ) pela retirada imediata do governo Sérgio Cabral (PMDB) e decidiu manter a aliança pelo menos até o fim do ano. A ala mais próxima a Lindbergh, pré-candidato ao governo do Estado, porém, insiste na entrega dos cargos até início de outubro. O PT tem dois secretários e cerca de 150 cargos de confiança no Estado.

Lula quer preservar o bom relacionamento com o governador, que enfrenta o momento mais difícil de sua administração, com baixa popularidade e protestos quase diários que pedem seu impeachment. O ex-presidente também faz um esforço pela preservação da aliança nacional PT-PMDB.

Ao mesmo tempo em que rejeita a ruptura com Cabral, o comando nacional petista promete fortalecer a pré-candidatura de Lindbergh. No mês que vem, o senador retoma as caravanas que iniciou em março, interrompidas com a onda de protestos iniciada em junho.

Para a direção do partido, não há contradição entre decidir lançar candidatura própria e continuar no governo do PMDB. Os petistas acreditam que será possível convencer Cabral de aceitar o palanque duplo para a reeleição da presidente Dilma Rousseff, com as candidaturas de Lindbergh e do vice-governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB). Cabral, porém, não aceita essa alternativa.

“Vamos tratar o assunto com calma. Temos como prioridade a aliança nacional com o PMDB e não vamos criar atritos. Podemos conciliar a decisão da candidatura própria e a permanência no governo do Estado. A tese do palanque duplo vai prosperar, diz o vice-presidente nacional do PT, Alberto Cantalice.

Para o coordenador do programa de governo de Lindbergh, deputado Jorge Bittar (PT-RJ), é preciso resolver logo essa “posição ambígua”. “Há um consenso de que a saída tem que ser sem confronto. A questão é o timing. Quanto antes o PT sair do governo, mais tranquilidade teremos para consolidar a candidatura Lindbergh.” Para Cantalice, tanto o grupo que quer a saída imediata quanto o que defende apoio a Pezão, “são minoritários”. Para ele, “o caminho do meio é a posição majoritária”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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