Mesmo ausente do debate promovido por TV Gazeta, jornal O Estado de S. Paulo, Rádio Jovem Pan e Twitter, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) foi o segundo mais citado pelos adversários. Eles mostraram solidariedade e repudiaram o ato de violência do qual o presidenciável foi alvo na quinta-feira passada, dia 6, em Juiz de Fora (MG).
O nome de Bolsonaro foi mencionado dez vezes, apenas uma a menos do que no último debate, realizado em agosto pela RedeTV! e pela IstoÉ. No domingo, 9, só Henrique Meirelles (MDB) foi mais lembrado do que o ex-capitão. O motivo, no entanto, foi menos nobre: o ex-ministro da Fazenda foi o alvo principal de Guilherme Boulos (PSOL).
Como nos debates anteriores, foram tabulados os candidatos mencionou o concorrente no encontro. Foram consideradas todas as referências diretas que um candidato fez a um adversário, seja citando o nome próprio – “a candidata Marina Silva” – ou uma referência óbvia – “a candidata da Rede”.
O objetivo da análise é revelar a estratégia adotada pelos políticos em um dos principais eventos de campanha. O levantamento mostra quem cada presidenciável escolheu como antagonista e quem preferiu evitar.
No primeiro debate dessa eleição, realizado pela Band há um mês, Alckmin foi um dos participantes centrais. Entretanto, pela segunda vez consecutiva, não foi visado pelos adversários e também não foi ao ataque. O mesmo já havia acontecido no encontro anterior, realizado pela RedeTV!.
Ciro Gomes (PDT) evitou confrontos, como tem feito nos debates até agora. Ainda assim, citou nominalmente todos os adversários, exceto Boulos. Marina Silva (Rede) foi sua interlocutora favorita nos blocos de perguntas, sempre em tom cordial. Ciro e Marina lideram as pesquisas disputam os votos lulistas.
Se no debate da RedeTV!, Marina se tornou o centro das atenções por confrontar diretamente Bolsonaro, dessa vez a candidata da Rede teve poucos momentos nos holofotes.
Alvaro Dias (Podemos) pouco falou dos candidatos presentes. Citou nominalmente apenas Boulos e Ciro, que estavam posicionados ao seu redor.
Bombardeado por Boulos, Meirelles foi o candidato mais mencionado do debate. No quesito de citar outros candidatos, sua participação foi tímida (sete menções diretas). Como nos outros encontros, o líder sem-teto foi um dos candidatos de postura mais agressiva. “Eu não vou chamar o Meirelles”, disse. “Eu vou taxar o Meirelles”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.