Assim já é demais!

Aumento no número de vereadores deixa Maringá em pé de guerra

Será votado nesta terça-feira (13), o projeto que amplia o número de vereadores em Maringá, de autoria do vereador João Alves Correa (PMDB). A proposta de aumentar o Legislativo de 15 para 21 vagas a partir da próxima eleição gera indignação na população, que, em sua maioria, é contra o projeto. A repercussão do projeto e a espera da participação massiva da sociedade e de entidades na sessão fez o presidente da Câmara Municipal, Mário Hossaka (PMDB), pedir reforço policial.

O autor da proposta afirma que, mesmo com a pressão da sociedade, não vai retroceder na proposta. “É muito complicado amarelar em um projeto polêmico como esse. Eu não vou amarelar, estou acostumado com pressão e não vou mudar a minha opinião”, diz.

Correa argumenta que sua intenção é apenas recompor o número de vereadores que havia na cidade há oito anos. “Por mais de cinco décadas a cidade teve 21 vereadores. Entendemos que quanto maior a representação, maior a possibilidade de representar todos os segmentos da sociedade”, declara.

O projeto está causando polêmica até mesmo dentro da casa. O vereador Humberto Henrique (PT) é um dos parlamentares que se posiciona contrário à aprovação do aumento das vagas. “Ouvi a população e a vontade da grande maioria é que o número seja mantido. Isso é causado até mesmo pelo desgaste do legislativo, dá pra contar nos dedos quem realmente trabalha”, ressalta Henrique.

A opinião do vereador é compartilhada pelo presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Maringá, João Everardo Resmer Vieira. “Não há razão para o aumento, isso não significa mais eficiência. O que precisamos é de maior qualidade”. A OAB em conjunto com outras entidades como a Associação Comercial, Arquidiocese, Ordem dos pastores e sindicatos está envolvida em uma campanha contra o projeto.

Para Vieira, o projeto não reflete a vontade da população, já que, segundo uma pesquisa realizada recentemente, cerca de 95% dos moradores são contra a proposta. “A indignação é geral, a maioria absoluta não está de acordo. Estamos convocando a sociedade para comparecer na votação e tentar convencer os vereadores a não aprovarem”, disse.

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