Corrida

Auditores da Receita acusados de cobrar proprina tentam se aposentar

O Conselho Superior dos Auditores Fiscais (CSAF), órgão que vai avaliar a abertura de processos disciplinares contra os auditores que são réus nas duas ações penais da Operação Publicano, decidiu a favor da aposentadoria de quatro deles: Amado Batista Luiz, Lindolfo Traldi, Jaime Nakano e Roberto Oyama. O pedido de aposentadoria segue pra ParanaPrevidência, que é quem dá a resposta final.

Entre os auditores que tiveram as aposentadorias aprovadas, destaca-se Roberto Oyama, que está afastado do trabalho desde 2003 devido a denúncias de corrupção. Absolvido em processo disciplinar, ele responde na Justiça a um processo em que é acusado de receber propina. Mesmo afastado, continua recebendo salário, que em agosto foi de R$ 31.411,70.

A reportagem não conseguiu contato com a Receita Estadual nem com os advogados dos auditores acusados. De acordo com o advogado de outro réu, os denunciados na Publicano estão promovendo uma “corrida” rumo à aposentadoria. Segundo ele, vários auditores já solicitaram o benefício, e o CSAF tem aprovado todos. A ParanaPrevidência, no entanto, está rejeitando e pedindo mais informações.

Deflagrada há seis meses pelo Gaeco de Londrina, a Publicano investiga uma “organização criminosa” que seria formada por auditores, empresários e contadores pra facilitar a sonegação fiscal mediante o pagamento de propina. Sessenta auditores já foram denunciados.

Engavetado

O projeto “anticorrupção” encaminhado pelo governo do estado à Assembleia Legislativa prevê a extinção do CSAF e repassa as atribuições do órgão pra Corregedoria da Receita. A tramitação se arrasta desde julho e, até aqui, o governo e a maioria de governistas da Casa não têm demonstrado pressa na votação.

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