Depois de protocolar um pedido de impeachment do presidente da Câmara Municipal de Curitiba, o vereador João Claudio Derosso (PSDB), na própria casa, a Federação das Associações de Moradores de Curitiba (Femotiba) decidiu realizar um ato para cobrar que a solicitação seja atendida. A manifestação aconteceu neste sábado (23) na Boca Maldita e teve início por volta das 10 horas. Além de representantes da entidade, estiveram presentes no evento alguns líderes políticos e membros de movimentos sociais.

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Apesar de a adesão ao movimento não ter sido tão grande, o presidente da Femotiba, Edson Feltrin, acredita que o objetivo de informar e conscientizar a população sobre as denúncias divulgadas recentemente a respeito de Derosso foi cumprido. “Estamos fazendo um ato para os transeuntes, para que eles saibam o que está acontecendo, mostrem que a opinião pública está indignada e sensibilizem os vereadores para que atendam o pedido de impeachment”, comentou.

Para ele, Derosso “não tem mais condições políticas, éticas e morais para ser presidente da Câmara, nem mesmo vereador”. “O crime de improbidade administrativa já foi comprovado porque o artigo 5º do Código de Ética da Câmara não permite que parentes do presidente tenham contratos com a casa”, completou.

Com essa afirmação, Feltrin se referia às denúncias de irregularidades na licitação para contratação de agências de publicidade para a prestação de serviços para a Câmara, realizada em 2006. Na ocasião, somente duas empresas se interessaram na concorrência, sendo uma delas de propriedade da esposa de Derosso, Claudia Queiroz Guedes.

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Participação dos partidos

O principal partido que esteve presente no ato, participando mais ativamente dele, foi o PDT. Para o coordenador dos diretórios zonais e núcleos de base do partido em Curitiba, Nivaldo Orlandi, a sua presença no evento era muito importante para mostrar que o partido está preocupado com as denúncias a respeito de Derosso e como o caso vai ser solucionado. “O PDT sempre lutou pela dignificação pública, mas são tantas ‘lambanças’ que precisamos ficar reafirmando isso, mesmo que seja um elemento que deveria fazer parte da política naturalmente”, explicou.

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Ele contou que ficou chocado quando soube das irregularidades cometidas por Derosso na presidência da Câmara. “Já militei muito tempo fora do Estado e agora que estou voltando ao Paraná posso dizer que nunca vi um caso como esse, de um presidente que ficou 14 anos no poder, mas raramente é visto presidindo a Câmara ou até mesmo participando das sessões”, opinou. Para ele, apesar de Derosso afirmar que a licitação foi feita legalmente, houve irregularidades no processo porque para que ele seja feito corretamente é preciso que haja “impessoalidade”, não apenas concorrência.