A Central Única dos Trabalhadores (CUT) completou ontem vinte anos de atividades. Para marcar a data em Curitiba, a CUT promoveu um ato público na Boca Maldita, no centro da capital, e homenageou os primeiros fundadores da central no Paraná. De acordo com o presidente estadual da entidade, Roni Anderson Barbosa, a história da CUT começou no fim dos anos 70 com as greves de trabalhadores na região do ABC Paulista, contra a posição dos sindicatos. Sua criação aconteceu em agosto de 1983, com a participação dos sindicalistas Luiz Inácio Lula da Silva e Olívio Dutra. O Paraná, diz Barbosa, acompanhou a mesma tendência: a primeira manifestação no Estado foi organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Francisco Beltrão.
A CUT possui hoje no Paraná 135 entidades filiadas que representam setecentos mil trabalhadores. Segundo Barbosa, a central é a maior entidade de representação de classe do País e a quinta do mundo, concentrando trabalhadores do campo, iniciativa privada e setor público. Para Roni Barbosa a importância da entidade está não só nessa representação, mas na participação em momentos importantes do Brasil, como nas Diretas Já, Constituição de 88 e impechament do ex-presidente Fernando Collor.
Protesto
A afirmação do procurador Luiz Franscisco de Souza, de que “a privatização do Banestado foi uma queima de arquivo”, foi usada como base do protesto promovido ontem pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba, no calçadão da Rua XV. Os sindicalistas atearam fogo em um arquivo que simbolizava o banco, e um extintor usado para apagar as chamas levada o nome da CPI do Banestado. De acordo com a presidente do Sindicato, Marisa Stédle, com o ato público eles pedem a anulação do contrato de privatização do banco estatal, com base nas descobertas da CPI sobre o caso.