A Câmara de Curitiba debateu ontem em audiência pública projeto que dá ao poder público exclusividade na exploração da cobrança de qualquer valor para o estacionamento de veículos nos logradouros públicos. A proposta do vereador Felipe Braga Côrtes (PSDB) proíbe a atividade dos guardadores de carro. Ao longo dos próximos 30 dias serão colhidas sugestões de todos os participantes, para a análise da viabilidade de regulamentação.

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Mas, o parlamentar admite ser tema de difícil debate. “Fizemos pesquisas e vimos que em várias capitais brasileiras a proibição ou a regulamentação da profissão não deu certo. Então, queremos iniciar o debate sobre esse tema para ver exatamente o que podemos fazer aqui em Curitiba”, diz.

Opiniões

Roberto Alves trabalha como cuidador de carros há 10 anos na região da Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ele apoia a iniciativa, caso a nova lei retire do mercado os maus profissionais. “Será um trabalho complicado porque tem muito cuidador de ocasião, que se aproveita de eventos e locais movimentados. Porém, se retirar esse pessoal aproveitador e aqueles que usam da violência para trabalhar, será um ganho para a classe”, comenta.

Paulo José Pereira, flanelinha há 5 anos na região da Igreja do Perpétuo Socorro, no Alto da Glória, é contra a proposta. “Como vão proibir? Como vão fiscalizar? Se for para fazer mais uma lei que não será cumprida, é melhor não fazer. É só perda de tempo”, reclama. Para o representante comercial Fábio Mendes Casto, a ideia é válida, mas também não crê no funcionamento da lei.

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Flagrante

Pelo texto, a Guarda Municipal ficaria autorizada a intervir nos casos em que flanelinhas estivessem cobrando pelo serviço, mas também qualquer cidadão poderia efetuar a prisão – amparado pelo Código de Processo Pena.

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