Alfinetadas

Ataques pessoais marcam primeiro debate de candidatos ao governo do Paraná

O primeiro debate das eleições de 2014, feito nesta quinta-feira (28) pela TV Bandeirantes de Curitiba, foi marcado por alfinetadas e ataques pessoais. O programa deu início aos próximos encontros dos candidatos na TV, que devem deixar a disputa pelo governo do Paraná ainda mais acirrada até outubro.

Por aproximadamente 3 horas, os oito candidatos, que deveriam aproveitar o tempo disponibilizado para falar sobre seus objetivos se eleitos, usaram a maioria dos momentos para trazer à tona assuntos que não servem como base para ajudar na escolha dos eleitores. O alvo dos ataques de todos os candidatos foi o governador Beto Richa (PSDB).

O primeiro a chegar à emissora, foi Geonisio Marinho (PRTB). O candidato chegou às 20h e, acompanhado de assessores, começou a se preparar para o debate. Logo após, 20 minutos depois, Ogier Buchi (PRP) chegou acompanhado de companheiros de campanha.

Roberto Requião (PMDB) foi o terceiro a chegar. Por volta das 20h28, o candidato chegou acompanhado da esposa e de assessores, falou rapidamente com repórteres e foi para os camarins da TV Bandeirantes. Depois de Requião, foi a vez do candidato Bernardo Pilotto (PSOL), às 20h37.

Lucas Sarzi
Richa contestou informações dos concorrentes.

Os candidatos Rodrigo Tomazini (PSTU) e Glesi Hoffmann (PT) chegaram juntos, às 20h40. A candidata do PT esperou o colega do PSTU falar com a imprensa e, acompanhada do candidato ao Senado, Ricardo Gomyde e assessores, também conversou com repórteres. Aproximadamente seis minutos depois, o candidato Túlio Bandeira (PTC), chegou à emissora.

O último candidato a chegar à TV Bandeirantes foi o atual governador e também o mais procurado pelas equipes de reportagem. Sem a companhia da esposa, Beto Richa (PSDB) chegou, falou com a imprensa e, depois de cumprimentar a todos, foi para os camarins. Os candidatos ao governo receberam visitas de candidatos a deputados e senadores, além de familiares.

Ataques

O debate começou com ataques diretos entre Requião e Beto Richa. Ambos trocaram alfinetadas sobre o passado e promessas ainda não realizadas pelo governador. Gleisi também atacou Richa ao falar de números abusivos dos gastos de governo e citou os inúmeros cargos comissionados. Os candidatos chegaram a comentar que o governador pouco se importou durante a rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel, no começo da semana, colocando Beto Richa como um candidato de surpresas.

Richa pediu direito de resposta e começou o segundo bloco contestando informações e se defendendo a partir de dados divulgados em revistas e jornais sobre o andamento de seu governo. O tema saúde foi tratado pelos candidatos, que apontaram acusações de abandono ao atual governo. Os concorrentes pediram para que o debate fosse levado para os rumos das propostas e os ataques deram uma trégua.

Lucas Sarzi
Candidata Gleisi falou sobre as obras urbanistas.

As acusações e farpas voltaram e o terceiro bloco começou com a emissora atendendo ao pedido de resposta de Roberto Requião. O candidato falou sobre a construção de hospitais no interior em seu mandato, tema apontado por Bernardo Pilotto. Em seguida, Richa continuou a ser atacado, sobre a não convocação de aprovados em concursos e aproveitou os momentos que teve para enaltecer a eficiência do governo, rebatendo as acusações de uso infundado de dinheiro. Ogier Buchi insistiu no tema pedágio, enfatizando as perguntas a vários candidatos. Requião se mostrou contra o pedágio. Tomazini se mostrou a favor do aborto, único candidato a citar esse tema no debate.

Considerações

O quarto e último bloco foi utilizado para as considerações finais. Os candidatos tiveram dois min,utos cada para expor suas ideias e tentar, de alguma forma, se defender de alguma acusação que foi feita durante o programa. Richa enalteceu o governo, se colocando como econômico. Geonisio apelou para o sentimentalismo, chamando a atenção de quem está desmotivado com a situação do país. Gleisi falou sobre as obras urbanistas e chamou a atenção atacando Richa, colocando o atual governador como preguiçoso.

Tomazini pediu apoio dos trabalhadores e dos jovens e falou que tanto Gleisi quanto Richa estão focados em quem os financia e não nos trabalhadores. Pilotto exaltou os ataques do debate e se colocou como o único candidato que foge da mesmice.

Lucas Sarzi
Requião rassaltou conquistas de sua administração.

Requião finalizou utilizando o valor do salário mínimo regional atual conseguido por ele, como seu ponto principal e disse que reduziu a dívida do Paraná quando governador. Bandeira alegou utilizar recursos próprios para financiar a campanha e falou que vai diminuir os cargos de confiança. Por fim, Ogier Buchi criticou todos os candidatos porque não exaltaram a grandiosidade do Estado.

Ao fim, os candidatos deram entrevistas e consideraram o debate como proveitoso, apesar dos ataques pessoais. Alguns dos que disputam a vaga de governador do Paraná também aproveitaram o momento para gravar vídeos para as redes sociais da campanha. O próximo debate ainda não foi marcado.

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