A propaganda eleitoral de rádio dos candidatos que disputam o segundo turno da Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB), foi marcado por ataques hoje.

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A campanha tucana voltou a atacar seu adversário com o tema da saúde. O assunto dominou metade do tempo reservado a propaganda do candidato. “O PT é e sempre foi contra a participação das organizações sociais na rede municipal de saúde”, diz a locutora da campanha.

Serra reafirmou a boa relação que irá se estabelecer entre município e Estado se ele for eleito. “Na verdade o grande parceiro da prefeitura é o Estado.”

Ao comentar o governo federal, Serra minimizou sua atuação na cidade. “O governo federal, às vezes, participa de alguma ação com a prefeitura ou com Estado, mas é muito pouco porque tem o Brasil inteiro para cuidar”, afirma o candidato.

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“Eu digo sempre que São Paulo tem duas prefeituras: a municipal e a estadual”, diz Serra.

Ao final do programa, Serra volta atrás e diz que irá trabalhar com a Dilma Rousseff, mas aproveita para atacar o governo federal. Locutores da campanha afirmam que a presidente -a campanha tucana usa o termo “presidenta” como ela gosta de ser chamada- sabe que é “mais importante falar de inflação do que de eleição”.

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O governador Geraldo Alckmin (PSDB) diz que a pior inflação é a de alimentos. “Nós vamos ajudar a presidenta Dilma a fazer duas coisas fundamentais: controlar a inflação e acelerar o crescimento da economia. Porque nessas duas áreas o governo federal não está saindo bem não”, afirma Serra.

A propaganda termina com um jingle que associa Haddad a réus condenados pelo julgamento do mensalão.

Haddad

O programa do candidato petista também começou com ataques ao rival tucano. A campanha petista sugere que a propaganda tucano cria um mundo de fantasia logo no início da propaganda. “No reino da propaganda do Serra os hospitais funcionam bem, sem fila. Mas aqui na São Paulo de verdade a realidade é outra”, afirma um dos locutores do programa.

Segundo a campanha petista, o atendimento é ruim e o candidato tucano apoiou um projeto que reserva 25% dos leitos públicos para atender somente a clientela particular ou quem tem plano de saúde. “Ainda bem que Justiça barrou, porque se dependesse da turma do Serra até para ser atendido em hospital público, teria que ter dinheiro no bolso ou seu plano em dia”, conclui o locutor.

Começa então uma nova peça do programa e um dos locutor afirma que o programa do Serra é lavagem cerebral.

“Eles ficam martelando o tempo todo algo para que pareça verdadeira”, responde a locutora em referência a tentativa de Serra de associar a Haddad a impressão de inexperiente. Ela também cita a formação do petista e diz que ele trabalhou mais tempo na gestão Marta Suplicy (2001 a 2004) que o tucano na Prefeitura de São Paulo.

Haddad entra no programa e diz que considera “importante as parcerias público-privadas”. E que irá fazer parcerias, inclusive com o governo do Estado.

O petista também contou com declarações de apoio de ministros de Dilma: Miriam Belchior (Planejamento), Guido Mantega (Fazenda), Aloizio Mercadante (Educação), Alexandre Padilha (Saúde) e José Eduardo Cardoso (Justiça).

A propaganda também faz promessas para as áreas de habitação, segurança e saúde.

O cantor Gilberto Gil também participou do programa.

E a campanha cita o apoio de times de futebol Corinthians e Palmeiras que o candidato petista recebeu ontem.