O presidente Michel Temer, que deve ser notificado nesta quarta-feira, 27, da denúncia por obstrução de justiça e formação de quadrilha, voltou a intensificar as agendas, recebendo parlamentares de meia em meia hora, e a abrir o gabinete conforme é demandado, assim como fez durante a tramitação da acusação de corrupção passiva, que foi derrubada pela Câmara.
Nesta quarta-feira, no entanto, Temer, que nos últimos dias queixou-se de dor nas costas, vai iniciar a agenda um pouco mais tarde do que o de costume. Porém, não menos intensa. O presidente chegou por volta das 10h30 ao Planalto e, às 11h30, recebe o líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), que virá acompanhado do governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria; do Pastor Everaldo, presidente do PSC; e de produtores de sal do Estado do Rio Grande do Norte.
Depois, às 15h, Temer recebe o deputado Mauro Lopes (PMDB-MG), que é secretário-Geral do PMDB. Às 15h30, a reunião será com o deputado Aluísio Mendes (PODEMOS-MA) e bancada do PODEMOS na Câmara.
Às 16h, tem audiência com o deputado Milton Monti (PR-SP); às 16h30, recebe o deputado Rômulo Gouveia (PSD-PB), que é 4º Secretário da Câmara dos Deputados. Às 17h, tem reunião com o senador Telmário Mota (PTB-RR). A agenda do presidente costuma ser atualizada ao longo do dia. Nesta terça-feira, 26, o presidente deixou o Palácio do Planalto pouco antes das 23h.
Defesa
Além do afago de receber parlamentares e bancadas, o presidente também tem dividido o tempo para a sua defesa. Na terça, sem constar na agenda oficial, Temer recebeu, no Palácio do Planalto, o advogado Eduardo Carnelós, que o defenderá na denúncia que tramita na Câmara. Carnelós, que substitui o criminalista Antonio Claudio Mariz, foi levado pelo subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo do Vale Rocha, que terá, segundo auxiliares, papel de aconselhamento informal como advogado no processo.
A conversa teve como objetivo discutir a estratégia da defesa que vai rebater, ponto a ponto, as acusações da segunda denuncia apresentada pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. A ideia é que a peça seja apresentada na semana que vem.