O assessor da Secretaria-Executiva da Casa Civil, Vinícius de Oliveira Castro, pediu exoneração hoje. Ele foi citado em reportagem da revista Veja, publicada neste fim de semana, como participante de um suposto esquema para beneficiar empresas com contratos no governo. O servidor declara que “repudia todas as acusações”.
A ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, pediu nesta manhã à Comissão de Ética Pública da Presidência da República a imediata abertura de investigação sobre a sua conduta em relação às notícias publicadas pela revista Veja. Em nota enviada à imprensa, a assessoria da ministra informa que Erenice fez o pedido por meio de ofício encaminhado ao presidente da Comissão, José Paulo Sepúlveda Pertence. No documento, ela diz que, se necessário, abre mão dos seus sigilos bancário, telefônico e fiscal, e também dos dados de seu filho Israel Guerra.
A reportagem da revista Veja traz a denúncia de que Israel fez lobby para empresas aéreas com interesses na obtenção de contratos com os Correios. Segundo a revista, o lobby teria rendido ao filho de Erenice uma comissão de cerca de R$ 5 milhões. Na ocasião, a Casa Civil era chefiada pela candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, e Erenice ocupava o posto de secretária executiva, atuando como principal auxiliar de Dilma.