A Assembléia Legislativa vota hoje, em segunda discussão, a mensagem do governo pedindo consentimento para participar do Consórcio Gralha Azul, no qual se associou à Eletrosul para construir e operar redes de transmissão de energia entre Cascavel e Foz do Iguaçu. Por enquanto, esta será a única das três parcerias para as quais o governo pediu autorização que será aprovada pelos deputados estaduais. Na sessão de hoje, o plenário será transformado em comissão geral para que sejam apreciadas as emendas propostas pelos deputados estabelecendo regras para a sociedade.

Os outros dois consórcios – Artemis e Uirapuru – foram questionados pelos deputados de oposição e a liderança do governo concordou em retirar a proposta para ajustes. De acordo com o líder do governo, Natálio Stica (PT), o governo foi surpreendido com a denúncia feita pela Comissão de Fiscalização da Assembléia Legislativa sobre o consórcio Artemis. O presidente da Comissão de Fiscalização, Neivo Beraldin (PDT), disse que a empresa tem capital social de apenas R$1 mil, que deve R$90 milhões a instituições financeiras e que teve negado o fornecimento de certidão negativa de débitos tributários e constribuições federais pela Receita Federal.

Stica afirmou que o governo e a direção da Copel ignoravam a situação e que a proposta será reavaliada. “Vamos votar apenas o que todos estamos certos de que está correto”, comentou o líder do governo. No caso do consórcio Artemis, a Copel compraria 31,66% das ações, mesma quantidade adquirida pela Eletrosul e a espanhola Cymi.

De acordo com o líder da oposição, deputado Durval Amaral (PFL), a Copel venceu dois leilões. O primeiro é o do Consórcio Gralha Azul em que a estatal paranaense entra com 80% das ações e a Eletrosul com 20%. O segundo é o Consórcio Uirapuru em que a Copel participa com 5%, a Eletrosul com 44%, a Cymi com 31% e a Santa Rita com 20%. No Consórcio Uirapuru, a empresa também está impedida de participar em decorrência de uma lei estadual que impede a Copel de entrar como sócio minoritária em parcerias privadas. “O governo não pode mandar para cá mensagens com tantos erros e equívocos”, afirmou o líder que apresentou uma emenda estabelecendo que a Copel terá que ser ressarcida pelo Consórcio Gralha Azul pelos investimentos em recursos humanos e materiais no empreendimento.

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