A bancada governista manteve ontem o veto do governador Roberto Requião (PMDB) ao projeto de lei 149/06, que previa a equiparação salarial dos professores da rede pública estadual à remuneração dos servidores do quadro próprio do Executivo que tivessem a mesma habilitação e carga horária. Para derrubar o veto, eram necessários 28 votos. Os defensores da proposta somaram apenas 18 votos. A favor do veto, foram 15 votos.
A isonomia salarial entre professores e servidores do Executivo foi proposta pelo deputado André Vargas (PT). O deputado petista criticou o fato de o veto ter sido votado em uma sessão extraordinária, no final da tarde, sem que os professores fossem avisados da pauta. ?O sentimento é de frustração, pois o veto foi votado na calada da noite, numa sessão extraordinária, sem que pudéssemos articular e mobilizar a sua derrubada em plenário?, protestou.
O Executivo vetou a correção salarial com a justificativa de que não tem recursos orçamentários para promover os ajustes nos vencimentos.
De acordo com Vargas, o salário dos professores com licenciatura plena no nível I e classe 1 para uma jornada de trabalho de 40h é de R$ 1.030,00, mais R$ 300,48 (auxílio transporte). Segundo o deputado, o professor desse nível ganha R$ 757 a menos que um técnico com nível superior do Executivo.