A mesa executiva da Assembléia Legislativa vai sugerir aos deputados candidatos às eleições municipais de outubro que se licenciem do mandato até o final da campanha eleitoral.
O 1.º secretário da Assembléia Legislativa, Alexandre Curi (PMDB), disse que a situação será discutida na reunião da próxima terça-feira, dia 12, porque tanto as sessões como a campanha eleitoral não podem prescindir da participação dos deputados.
Curi informou que vai propor que as sessões de quarta-feira à tarde sejam antecipadas para o período da manhã, liberando os deputados antes para que viajem às suas cidades, onde disputam a eleição. Em junho, a Assembléia Legislativa suprimiu a sessão que era realizada nas manhãs de quinta-feira.
Curi acha que se adiantar a sessão de quarta-feira, haverá mais possibilidades de os deputados conciliarem o mandato com a eleição. “Agora, para aqueles que são candidatos longe de Curitiba nós vamos sugerir a licença”, afirmou.
Nos bastidores, Curi tem atuado para que não haja desconto das faltas dos deputados que disputam as eleições e deixam de comparecer às sessões. “Não é porque o deputado não está em plenário é que ele não está trabalhando”, justificou.
Mas a falta de quórum impede a votações dos projetos. Alguns não podem ficar à espera do final da campanha eleitoral para serem aprovados. É o caso, por exemplo, das mensagens do Executivo que reajustam em 10% os salários dos professores do ensino básico, cria um plano de carreira para os funcionários da educação e a reestruturação do plano de carreira para professores do ensino superior. O governo informou que encaminhará as propostas na próxima semana aos deputados.
Dos 54 deputados, onze são candidatos a prefeito e um -Cleiton Quielse (PMDB) – concorre a vice prefeito. Até ontem, apenas Rosane Ferreira (PV), candidata à prefeitura de Araucária, havia solicitado licença. Alguns vêm driblando o expediente, sobretudo as sessões plenárias, que são realizadas às segundas-feiras, terças-feiras e quartas-feiras.
A licença de sessenta dias para a campanha eleitoral implica no corte do pagamento do salário, informou o 1.º secretário. Conforme o regimento interno da Casa, o deputado somente continua sendo remunerado quando se afasta por motivos de saúde.