Os anos de administração de Eduardo Requião no Porto de Paranaguá e de seu sucessor no cargo, Daniel Lucio de Oliveira, serão vasculhados pela Comissão de Parlamentar de Inquérito (CPI) do Porto, instalada nesta segunda-feira na Assembleia Legislativa. O autor da proposta, Douglas Fabrício (PPS), será o presidente e o deputado Fernando Scanavaca (PDT) foi eleito relator da CPI.

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Nesta terça-feira, Fabrício irá realizar uma reunião para definir o cronograma de ações da Comissão, que originalmente foi proposta para apurar as denúncias levantadas na Operação Dallas da Polícia Federal. Em janeiro, a PF prendeu Daniel de Oliveira, acusado de participar de um esquema de fraudes no Porto. Entre as irregularidades investigada pela PF, estava a operação da compra da draga, equipamento destinado, a aumentar a profundidade do Canal da Galheta, permitindo a navegabilidade de embarcações de grande porte.

O processo de compra da draga começou em outubro de 2008, quando Oliveira assumiu no lugar de Eduardo Requião. Em 2009, uma licitação foi aberta e uma empresa foi considerada vitoriosa. Mas no ano passado, a compra da draga foi anulada pela Justiça.

Além das negociações com a draga, a PF também investiga acusações de desvio de carga e licitações dirigidas para a contratação de prestadores de serviço ao Porto. O presidente da CPI disse que os deputados poderão contribuir com as investigações da PF, mas também apurar outras denúncias de irregularidades na gestão do Porto. “O requerimento é para apurar os eventos da Operação Dallas, mas não quer dizer que vamos ficar só nisso. As informações são de que havia uma quadrilha operando no Porto”, afirmou.

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Fabrício disse que pretende pedir as informações apuradas pela Polícia Federal para embasar os trabalhos da CPI. Os deputados terão 120 dias para produzir um relatório e ouvir os denunciados, entre eles, os ex-superintendentes do Porto.