Assembléia do PR pedirá na justiça que funcionária fantasma devolva salários

Uma funcionária da Assembléia Legislativa do Paraná recebeu salário mensal durante 11 anos e três meses sem nunca ter comparecido ao trabalho. Esta foi a conclusão de uma sindicância da Assembléia, que anunciou que entrará com uma ação judicial contra Verônica Durau Rodrigues, de 59 anos. Ela pode ter de devolver R$ 300 mil, sem contar vencimentos proporcionais de férias e encargos sociais, além da correção a ser determinada pela Justiça.

Verônica Rodrigues era sogra do ex-chefe de gabinete do prefeito de Curitiba Beto Richa (PSDB), Ezequias Moreira Rodrigues. A sindicância apontou que Verônica foi nomeada para cargo comissionado no gabinete do então deputado estadual Beto Richa em 1996. Quando ele deixou a Assembléia para assumir a prefeitura em 2001, ela teria sido demitida. Logo depois foi novamente contratada, com cargo na diretoria administrativa da Casa. Enquanto estava no gabinete, o próprio genro atestava a freqüência. Depois, a conferência era feita pelo diretor-adjunto administrativo, Luiz Molinari, falecido no ano passado.

"Não efetuamos o controle de presença de funcionários comissionados nos gabinetes, mas ela própria declarou que nunca trabalhou na Casa, portanto terá que devolver os recursos aos cofres públicos", disse o presidente da Assembléia, Nelson Justus (DEM). Uma ação civil pública por prática de improbidade administrativa será protocolada pela Procuradoria-Geral da Assembléia Legislativa, para reaver os recursos. Nem Rodrigues nem sua sogra foram encontrados para comentar.

O Ministério Público Estadual (MPE) também investiga as denúncias, inclusive a de que o pagamento entrava em conta corrente de seu genro. Nem Rodrigues nem sua sogra foram encontrados. O prefeito não foi citado no relatório da comissão.

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