A Assembleia Legislativa de Minas Gerais criou hoje a Frente Parlamentar pela Cidadania e pelos Direitos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros). A iniciativa contou com a assinatura de apenas 21 dos 77 parlamentares da Casa, mas segundo a autora da proposta, a deputada estadual Luzia Ferreira (PPS), os “corajosos” que aderiram à frente vão lutar para conseguir espaço para o debate das causas do segmento.

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A cerimônia de criação da frente foi realizada no fim da tarde em cerimônia com a presença dezenas de representantes de entidades da sociedade civil ligadas ao tema, mas vazia de parlamentares. Além de Luzia, apenas o deputado estadual Rogério Correia (PT) – que vai coordenar a frente ao lado da colega – estava presente. “Nem todos têm coragem de assumir suas posições. Em um parlamento não é preciso ter maioria para poder trabalhar, mas tenho esperança de conseguir mais assinaturas”, afirmou a socialista.

Em 2009, quando presidia a Câmara de Belo Horizonte, Luzia propôs a criação do Dia Municipal da Parada do Orgulho LGBT. O projeto, porém, causou um tumulto na Casa, principalmente entre integrantes da bancada evangélica, comandados pelo ex-vereador e atual deputado estadual Pastor Carlos Henrique (PRB), e parlamentares favoráveis ao texto. Diante da polêmica, o projeto foi deixado de lado.

Segundo Luzia, a frente terá a missão de “enfrentar preconceitos” e abrir no parlamento mineiro um espaço para o debate sobre direitos de homossexuais. “Esse tema já passou pelo Judiciário, pelo Executivo e deve ser discutido também pelo parlamento”, avaliou.

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