Já está pronto o relatório da Comissão de Sindicância designada pela Mesa Executiva da Assembléia Legislativa para examinar o caso de pagamentos irregulares que teriam sido feitos pelo gabinete do suplente de deputado Felipe Lucas (PPS), quando substituiu Arlete Caramês (PPS), em licença médica, por quatro meses. A denúncia foi feita pela auxiliar de enfermagem Elisângela Mendes Pechinsky a uma emissora de televisão. Ela contou que foi requerer o seguro-desemprego e descobriu que não tinha direito ao benefício porque estava nomeada para um cargo em comissão no gabinete de Lucas, com o salário de R$ 3 mil. Teria sido nomeada pelo cunhado, Metódio Stoski, funcionário do gabinete, sem sua autorização. O salário, segundo ela, era destinado à sua irmã, a mulher de Stoski.
Conforme o relatório final da Comissão de Sindicância, formada pelas advogadas Ana Cristina Cesário Pereira e Luciana Conceição e Silva, e o consultor legislativo Eleovan Cezar Ribeiro, Metódio assumiu a responsabilidade pelos atos irregulares e se dispõe a devolver os valores recebidos indevidamente, que somariam cerca de 12 mil, e não R$ 40 mil, como foi divulgado inicialmente. Segundo o presidente da AL, deputado Hermas Brandão (PSDB), houve erro no cálculo da contribuição previdenciária pelo departamento de recursos humanos, "mas a Casa não sofrerá qualquer prejuízo porque isso pode ser resolvido com o INSS mediante compensação".
Suspenso de suas funções, Metódio corre o risco de ser demitido pela Comissão Executiva, que já entrou com uma medida cautelar junto a 1.ª Vara da Fazenda Pública. Com a implantação do Plano de Cargos e Salários, a Assembléia reduziu seu quadro de funcionários estáveis para 608, e colocou à disposição dos servidores que não se enquadrarem ao regime de dedicação integral, o PDV – Plano de Demissões Voluntárias. Até agora apenas dois aderiram.