Assembléia adia votação de reajuste de secretários

A Assembléia Legislativa realizou a última sessão plenária antes das eleições de 3 de outubro sem votar o projeto que reajusta em quase 100% os salários dos secretários de Estado.

Embora houvesse número suficiente de deputados na Casa, alguns aliados não foram ao plenário para votar e a sessão foi encerrada por falta de quórum. O líder do governo, Natálio Stica (PT), negou que a ausência da base aliada fosse uma manobra para impedir a aprovação da nova remuneração dos 27 secretários em período eleitoral.

Stica até se desentendeu com o deputado estadual André Vargas (PT), que pediu o arquivamento do projeto. Segundo Stica, o governo não tem nenhuma preocupação com a repercussão do reajuste sobre a eleição em Curitiba e justificou que os deputados da base de sustentação faltaram à sessão devido aos compromissos de campanha no interior. “Tem muita gente apreensiva com a eleição dos seus prefeitos. Mas no dia 5, nós vamos ter quórum. Pode apostar”, afirmou. Stica disse ainda que o governo não tem motivos para recuar no reajuste dos secretários durante a campanha. “Não precisamos nos esconder atrás da eleição”, afirmou o líder do governo.

O deputado André Vargas que anteontem havia apresentado um requerimento adiando a votação do projeto por dez sessões, desta vez, pediu o arquivamento do reajuste. Ele argumentou que o projeto deveria ser uma iniciativa do governo do Estado e não da Assembléia. A proposta, que está tramitando desde dezembro do ano passado, é de autoria do deputado peemedebista Antônio Anibelli.

Além do reajuste dos salários, a falta de quórum prejudicou também a votação da proposta de implantação da carga horária semanal de trinta horas para os servidores da área de saúde, de autoria do deputado petista Tadeu Veneri (PT).

Função política

O presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PSDB) justificou ontem, mais uma vez, a suspensão das sessões na reta final da campanha eleitoral. Disse que todos os projetos importantes já foram votados e que a participação dos deputados na campanha eleitoral também faz parte da atividade parlamentar.

Sobre o adiamento da votação do reajuste dos secretários, Brandão foi irônico. Acusou os secretários de estarem trabalhando mais na campanha eleitoral do que no governo e por isso, podem esperar mais um pouco pelo reajuste que eleva os salários de R$ 5,9 mil para R$ 11,9 mil, conforme a proposta de Anibelli.

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