O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Ivar Pavan (PT), anunciou nesta manhã que admitiu e vai dar tramitação ao pedido de impeachment, formulado pelo Fórum dos Servidores Públicos Estaduais, da governadora Yeda Crusius (PSDB). De acordo com Pavan, a decisão foi tomada depois da análise de informações de sindicâncias internas do próprio governo, da Operação Rodin da Polícia Federal (PF), da ação de improbidade administrativa que o Ministério Público Federal (MPF) move contra Yeda e mais oito pessoas que revelariam “fortes indícios” da relação da governadora com o esquema de desvio de recursos do Detran.
A partir da agora, a Assembleia Legislativa terá de formar uma comissão especial com 36 integrantes para tratar do caso. Inicialmente, um relator examinará a admissibilidade do processo e terá seu parecer aprovado ou rejeitado por maioria simples. A comissão vai preservar a proporcionalidade do plenário da Casa, no qual os aliados de Yeda tem 33 das 55 cadeiras. A maioria governista tende a trabalhar pelo arquivamento do pedido.