O secretário da Fazenda, Heron Arzua, vai deixar o cargo para assumir a função de assessor especial do governador Roberto Requião (PMDB). Arzua irá se encarregar das funções que eram exercidas pelo advogado Mário Lobo, que morreu no dia 15 de maio e era um dos colaboradores mais antigos de Requião. No lugar de Arzua, na Secretaria da Fazenda, assume o diretor- geral da pasta, Nestor Bueno.
A mudança foi anunciada ontem à noite pelo governo do Estado, mas já estava decidida pela manhã, antes da reunião que Requião fez com todo o secretariado durante a tarde. Arzua disse que os programas da Fazenda estão sendo desenvolvidos dentro do cronograma previsto e que por isso aceitou o convite de Requião.
Secretário da Fazenda de Requião desde 2003, Arzua vai atuar também como um consultor pessoal do governador para questões fazendárias. Advogado tributarista, ele vai chefiar também uma equipe de advogados que já trabalhava com Mário Lobo, que tinha a incumbência de cuidar do conselho automotivo do governo estadual e também de outros programas especiais, como o do setor de açúcar e álcool do Paraná. ?O governador fez o convite para preencher a lacuna deixada pelo Mário Lobo e, como também sou advogado e os programas da Secretaria da Fazenda estão caminhando bem, eu aceitei?, afirmou o novo secretário especial.
Agenda positiva
A reunião de ontem entre Requião e os secretários serviu para ajustar o discurso e passar também em revista as ações dos primeiros meses. Somente secretários e presidentes de empresas estatais foram convidados a conversar com o governador e o vice-governador Orlando Pessuti, no Palácio Araucária. O governador teria pedido menos burocracia e mais ação e comunicação entre os seus auxiliares.
Um dos temas da reunião entre Requião e o secretariado foi a construção de uma nova agenda para o governo. A idéia, segundo fontes ligadas ao Palácio Iguaçu, é iniciar um período de inaugurações de obras e dar mais visibilidade a ações governamentais para neutralizar a percepção negativa que seria produzida na opinião pública pelos constantes ataques dos adversários do governador.
A mudança de rota do governo, que nestes meses se viu envolvido em vários conflitos, alguns internos, já estava prevista antes da viagem do governador ao Japão e Europa.
