Em documento que será entregue aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), no fim da tarde de hoje, o governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda, vai se comprometer a ficar afastado do poder até o fim das investigações do mensalão do DEM, em Brasília. Em um documento de defesa, que será distribuído aos 11 ministros do Supremo, Arruda assume o compromisso de manter o afastamento, mediante “licença da chefia do executivo do Distrito Federal”.
A estratégia serve para aumentar as chances de Arruda obter vitória no julgamento do habeas corpus, marcado para amanhã no Supremo. O documento é assinado pelo próprio Arruda e por seus advogados. A licença até o fim das investigações já havia sido anunciada pelo advogado Nélio Machado, na semana passada, e hoje deverá ser oficializada aos magistrados.
Dentro dessa estratégia, faz parte também o envio de uma carta à Câmara Distrital, em que Arruda faz a mesma promessa: não retornar ao comando do governo se for libertado pela Justiça. Arruda resiste em renunciar ao cargo, embora saiba que uma decisão desse tipo facilitaria sua soltura, já que a prisão preventiva foi decretada porque ele foi acusado de usar o cargo para atrapalhar as investigações.