O médico Brasil Caiado disse pela manhã que um psiquiatra da Polícia Federal (PF) analisará, possivelmente ainda hoje, o quadro emocional do governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), preso há pouco mais de um mês na Superintendência da corporação por tentativa de suborno a uma testemunha do “mensalão do DEM”. Arruda é acusado, em inquérito policial, de ser o chefe do esquema de corrupção.
Segundo Caiado, médico particular do governador, uma primeira avaliação foi feita em lº de março, quando a dose da medicação usada por Arruda para combater a depressão foi dobrada. De acordo com o médico, o governador já sofria de depressão antes de ser preso. Na quinta-feira, Arruda fez exames pela quarta vez desde que foi detido, para verificar um entupimento na artéria coronária. Os exames apontaram a necessidade de tratamento com medicação específica, mas a realização de cirurgia para corrigir o problema foi descartada.
Caiado contou hoje que Arruda está “bastante apático e quieto, praticamente acamado”. O quadro de depressão do governador piorou de uma semana para cá, afirmou ele, que se disse preocupado sobre a possibilidade de a depressão atrapalhar o tratamento clínico para o problema de coração. Na quinta-feira, a defesa do governador pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que Arruda dormisse no hospital, mas o pedido foi negado pelo ministro Fernando Gonçalves.