Às vésperas de reunião que pode decidir o seu futuro político, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), sustentou em nota divulgada hoje que apresentará “provas irrefutáveis de sua inocência”. O governador está reunido desde as 16h com a Executiva Nacional do DEM, que deve decidir se pedirá a expulsão imediata de Arruda ou se abrirá um processo interno de expulsão, com direito de defesa. De acordo com investigações da Operação Caixa de Pandora, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na última sexta-feira, o governador seria o suposto líder de um esquema de arrecadação e distribuição de propina a membros da base aliada de seu governo.
Na nota divulgada à imprensa, Arruda ressalta que tem sido vítima de um “complô” articulado “por um homem que tem mais de 30 processos por corrupção”. O governador se refere ao ex-secretário estadual de Relações Institucionais Durval Barbosa, apontado como delator do suposto esquema de corrupção.
Arruda afirmou que todos os processos que recaem sobre Barbosa são do tempo em que ele ocupava cargo de confiança do ex-governador do Estado Joaquim Roriz (PSC). Ele sugeriu que o ex-secretário foi ajudado por adversários políticos do atual governo. “(Barbosa) teve ajuda de adversários políticos e, para se livrar da lama, jogou lama em todas as direções.”
Em relação à reunião de ontem com a cúpula do DEM, o governador negou ter pressionado a direção do partido a atuar em sua defesa e ressaltou que confia na decisão “serena” da legenda, prevista para hoje. “Ao contrário de versões maldosas, a reunião transcorreu em um clima de elegância e respeito mútuo, sem nenhum tipo de pressão”, afirmou. “Respeitarei a decisão seja ela qual for.”