O procurador da República Athayde Ribeiro Costa afirmou que o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) transformou as CPIs do Congresso abertas para investigar fraudes na Petrobras em um “balcão de negócios”.
Denunciado formalmente nesta sexta-feira, 6, pelo Ministério Público Federal, em Curitiba, por cobrar R$ 5 milhões de pelo menos sete empreiteiras do cartel que atuava na Petrobras para que seus executivos fossem blindados contra as Comissões Parlamentares de Inquérito.
Segundo o procurador, foi o presidente da OAS José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, o primeiro a buscar Argello para acerto do esquema.
“Léo Pinheiro se movimentou com toda sua habilidade que já existia no relacionamento público com congressistas e foi atrás de Gim Argello”, afirmou o procurador na apresentação pública da denúncia, em Curitiba. “Léo Pinheiro auxiliava Argello nos atos de corrupção.”
Os encontros com o ex-senador ocorreram em “jantares regados a vinhos” na casa de Argello e de seu filho, sustenta o Ministério Público Federal. A denúncia diz que foram recebidos R$ 5 milhões da UTC, R$ 350 mil da OAS e houve ainda solicitação de valores de outras empreiteiras, como a Odebrecht, a Toyo Setal e a OAS que tiveram pagamentos efetivados. A Procuradoria apurou que no caso da Andrade Gutierrez, Engevix e Camargo Corrêa não houve efetivação de pagamento.