O arcebispo de João Pessoa, Dom Aldo Pagotto, postou no Youtube um vídeo de 15 minutos no qual ele acusa diretamente o PT e a candidata do partido à Presidência da República, Dilma Rousseff, de pregarem a cultura da morte no País. O arcebispo se refere à polêmica sobre o aborto. Segundo ele, Dilma e o PT querem “descriminalizar o aborto e o transformar em direito humano fundamental”. Para o arcebispo, “ataques à vida precisam ser combatidos”. No discurso lido, Pagotto se dirige aos diocesanos e afirma: “Não podemos ficar calados diante da atitude pró-aborto do PT”.
No vídeo, o arcebispo ataca, inclusive, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pagotto afirma que o presidente jurou – em carta redigida de próprio punho, endereçada aos bispos brasileiros em agosto de 2005 – que era contra o aborto, mas enviou um projeto de lei ao Congresso legalizando a ação.
“Na carta, ele jurava pela própria mãe que tivesse qualquer intenção de legalizar o aborto, mas os fatos desmentem as palavras do presidente”, afirma Pagotto, acrescentando que a “desonestidade (do presidente) quase alcançou seu objetivo” e que “o engodo” sobre a legalização do aborto, contido no projeto de lei, “foi descoberto pelos deputados dez minutos antes da votação.
Na gravação, Pagotto aparece ao lado de uma imagem de Nossa Senhora e de uma fotografia do Papa Bento XVI. Pede que os católicos divulguem a mensagem ao maior número possível de pessoas, “porque estamos diante de um partido institucionalmente comprometido com a cultura da morte e que proíbe seus membros de seguirem suas próprias consciências”. Segundo ele, o PT utiliza a mentira para enganar a população.
Paraíba
A campanha para o governo da Paraíba também partiu para o âmbito da religião. No domingo, a cidade de João Pessoa amanheceu cheia de panfletos apócrifos que associam o candidato do PSB, Ricardo Coutinho, ao demônio. Segundo o panfleto, Coutinho teria consagrado a capital paraibana ao diabo ao implementar, quando prefeito, esculturas associadas ao demônio em vários pontos da cidade. A Polícia Federal deteve o dono de uma gráfica onde os panfletos foram impressos, mas não localizou quem pagou pelo serviço.