O deputado Reni Pereira (PSB), disse nesta quinta-feira que não cogita se afastar da 2ª Secretaria, mas ainda não decidiu se irá assinar o ato da Mesa Executiva, que reduz os salários e coloca em disposição mais de cem funcionários considerados sem função. Em entrevista a O Estado do Paraná, Pereira, o presidente da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni (PSDB), e o 1º secretário, Plauto Miró Guimarães (DEM), negaram que a divergência tenha gerado uma crise na Mesa Executiva.
Os servidores se recusam a prestar serviços no Executivo, conforme proposta da direção da Assembleia. O 2º secretário afirmou que seus questionamentos sobre a medida decorrem de “excesso de zelo” já que os procuradores da Casa alertaram que poderá haver contestações jurídicas do ato da Mesa Executiva. “Não é uma posição de protecionismo em relação a funcionário. Quero apenas estar certo sobre o embasamento jurídico, apenas isso”, afirmou Pereira.
Ele disse que, na condição de servidor público (o deputado é funcionário da Receita Estadual), não pode correr o risco de avalizar um ato que venha a ser considerado ilegal. “Como servidor não quero vir responder por improbidade administrativa”, disse.
Sangue quente
Rossoni disse que o ato pode ser editado sem a assinatura de Reni Pereira. “Não fazemos nada aqui sem embasamento jurídico. O bom seria que os três assinassem, mas se dois assinarem, já vale”, disse o presidente da Assembleia.
Sobre as críticas que fez a Pereira, no seu microblog no twitter, Rossoni afirmou que foi “provocado” por seguidores que o cobravam sobre a posição do 2º secretário. “Moralizar é para os fortes, não para os fracos. Não venha boicotar nosso trabalho. Explique para o povo se quer defender quem não trabalha e recebe”, atacou no twitter o presidente da Assembleia Legislativa.
“Houve um equívoco nas informações”, justificou o deputado tucano, acrescentando que o 2º secretário tem colaborado com todas as medidas. “Ele assinou todos os atos até agora, junto conosco. O deputado Reni Pereira faz sugestões importantes para a administração da Casa”, disse o deputado tucano.
Rossoni disse que o ato ainda não foi baixado porque a medida somente começará a valer a partir do dia 1º de maio. “Não podemos fabricar lugares para as pessoas trabalharem. O Sindicato induziu os funcionários a erro. É uma fria para eles, mas ainda há tempo de concordarem com a nossa proposta de prestar serviços ao governo”, afirmou.
