Aprovado regime de urgência para compra da UEG

A bancada governista conseguiu a aprovação de seu requerimento de regime de urgência para a tramitação da mensagem que autoriza o governo, por intermédio da Copel, a comprar a participação da empresa norte-americana El Passo Corporation na Usina Elétrica a Gás de Araucária (UEG) por US$ 190 milhões. A El Paso possui 60% das ações da UEG Araucária, enquanto que a Copel tem 20% e a Petrobras outros 20%. A tramitação do projeto havia sido suspensa por um requerimento da oposição, que agora fica anulado pela votação de ontem.

O líder do governo na Assembléia Legislativa, Dobrandino da Silva (PMDB), afirma que a demora na conclusão do negócio está causando prejuízos ao Estado e por isso a votação precisa ocorrer o mais rápido possível. "O governo tem pressa em estancar esse prejuízo para o nosso Estado, que herdamos do governo anterior", destacou.

Pela manhã, a Comissão de Fiscalização da Assembléia Legislativa, que estuda a possível compra da participação da El Paso se reuniu para ouvir o procurador-geral do Estado, Sérgio Botto de Lacerda, e o procurador-geral de Justiça, mas eles não compareceram. Lacerda e Macedo foram convocados para prestar esclarecimentos sobre as ações que tramitam na Justiça neste caso. Esta foi a terceira vez que a comissão os chamou, mas eles não atenderam a nenhum dos pedidos. O procurador-geral de Justiça informou que estava em uma viagem institucional e o procurador-geral do Estado alegou compromissos pré-agendados para não atender à convocação. Também não apareceram outros deputados da própria Comissão de Fiscalização.

O presidente da comissão, Neivo Beraldin (PDT), disse que a compra da participação da El Paso na UEG de Araucária pela Copel pode acabar em um grande acordo. "Já vi aprovarem a venda da Sanepar com 70% do valor patrimonial, já vi a questão do Banestado, já vi o Estado vender ações da Copel sem constar no balanço do governo. Não dá para ver essa questão superficialmente", afirmou.

O deputado relatou que a Copel e a UEG de Araucária ainda não entregaram à comissão diversos documentos pedidos durante as reuniões, como as cópias dos balanços e demonstrativos de resultados, de origem, aplicação dos recursos e mutações do patrimônio líquido desde o início das atividades da usina. Faltam também cópias do contrato social da UEG e todas as suas alterações; atas de todas as reuniões de conselhos e diretoria; licenças e autorizações para a constituição da usina; capital social atual da UEG; entre outros documentos. 

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