Aprovado pelo PMDB, Temer se diz ‘orgulhoso’ do partido

Com a indicação para ser vice na chapa da petista Dilma Rousseff na corrida pela sucessão presidencial, aprovada hoje pela Executiva do PMDB, o deputado Michel Temer (SP) saiu da reunião declarando-se orgulhoso do partido. Disse acreditar que todas as divergências entre PT e PMDB nos Estados serão resolvidas a tempo a fim de que os partidos caminhem para uma campanha “naturalmente vitoriosa”. A Convenção Nacional do PMDB que oficializará a indicação de Dilma e Temer como candidatos a presidente e vice, respectivamente, está marcada para os dias 12 e 13 do próximo mês.

A reunião da Executiva, na sede do partido na Câmara dos Deputados, durou menos de uma hora. Ao final, Temer foi ao encontro dos jornalistas e disse: “Fico orgulhoso do partido. O partido resolveu me indicar. É claro que eu fico muito entusiasmado com essa hipótese – mais que entusiasmado. Mas com muita cautela.” O motivo da cautela é que o PMDB também aprovou hoje a formação de uma aliança com o PT. Mas isso não significa que os partidos estejam unidos em todos os Estados.

Em Minas, no Pará, na Bahia, no Maranhão e no Ceará, dois candidatos – um do PT e outro do PMDB – cobiçam a indicação para governador ou senador e esperam a desistência do outro para conseguir uma campanha única apoiada por ambas as legendas. “Estamos com toda a cautela nessa questão, vamos unir o PMDB para levar a uma campanha naturalmente vitoriosa”, disse Temer.

Minas

O PMDB espera que em Minas Gerais, por exemplo, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel renuncie à candidatura ao governo estadual para apoiar o senador Hélio Costa, do PMDB. “A questão de Minas vai ser solucionada no dia 6 de junho. Eu ouço muita história, muita notícia, mas ontem ainda o presidente do PT, José Eduardo Dutra, me afirmava, assim como o candidato Hélio Costa, que no dia 6 terá solução. Não houve modificação nenhuma de nada”, confirmou.

Michel Temer disse ainda que pretende se empenhar na campanha, mas que vai conciliar os compromissos eleitorais com a presidência da Câmara dos Deputados, que ocupa desde o ano passado. “Vou começar algumas viagens agora, mas claro que intensificação dessas viagens se dará após a aliança formalmente estabelecida no dia 12 de junho”, afirmou. “Serei um vice nos limites da Constituição. Quando ocupo um cargo, eu cumpro a tarefa constitucional. Serei extremamente discreto, como convém a um vice.”

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