Depois de uma longa reunião que terminou nesta madrugada com o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, o secretário nacional da Justiça, Romeu Tuma Júnior, disse que continua trabalhando. “Vamos trabalhar, tem muito ladrão para a gente prender”, afirmou. Segundo a assessoria do secretário, ele continua no cargo.
Reportagens publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo mostram que gravações telefônicas e e-mails interceptados pela Polícia Federal (PF) ligam Tuma Júnior a Li Kwok Kwen, conhecido como Paulo Li e apontado como um dos chefes da máfia chinesa em São Paulo. Deflagrada em setembro de 2009, a Operação Wei Jin levou Li à prisão, junto com outras 13 pessoas.
Ao sair do gabinete, Tuma Júnior não respondeu aos jornalistas sobre sua permanência na secretaria. “Estou trabalhando, crime organizado não tem hora. Eles não descansam, a gente também não pode descansar. Estamos trabalhando”, disse. O secretário ainda informou que tem reunião “direto” com o ministro Barreto e que a “área onde a gente atua é muito delicada”. A agenda de Tuma Júnior para hoje prevê “reuniões internas”.
Em nota publicada antes do encontro, o Ministério da Justiça informou que o ministro Barreto “recebeu, na noite da última sexta-feira, ainda em Buenos Aires, as informações pedidas à Polícia Federal” e que ontem, “informações complementares foram entregues ao ministro”.