Após receber um financiamento de R$ 747,4 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para uma obra para amenizar a crise hídrica, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quinta-feira que não vê “nenhum problema” na instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado para investigar a instituição.

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“Não conheço detalhes, mas se tiver argumentação que justifique, não vejo nenhum problema de ele (BNDES) ser investigado”, afirmou.

A afirmação foi dada minutos depois de Alckmin assinar um contrato de financiamento do BNDES para a Sabesp ao lado da presidente Dilma Rousseff e do presidente do banco, Luciano Coutinho.

O governo é contra a instalação da CPI, e tem pressionado a base aliada para segurar o início da investigação. Na semana passada, senadores do PSDB e do DEM criticaram o fato de a comissão ainda não ter sido instalada, apesar de já ter cumprido os requisitos estabelecidos, como o número mínimo de assinaturas.

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Alckmin, por sua vez, disse que não acompanhava o dia a dia das questões parlamentares, mas destacou que é “tarefa” do Congresso “investigar”, e que a oposição tem o dever de “fiscalizar” as ações do governo federal. “Não tenho acompanhado as questões do Congresso no seu dia a dia, até porque não sou parlamentar. Mas, se tem razões, investigue-se. Investigar é sempre bom, para esclarecer e fazer justiça. Acho que investigar faz parte do Parlamento, uma das tarefas do Parlamento é essa. E é tarefa da oposição fiscalizar”, afirmou.

Pedaladas

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Para falar sobre o caso das pedaladas fiscais investigadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), Alckmin adotou um tom mais moderado do que o usado por outros correligionários. Enquanto o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), diz que a presidente tem de ser condenada pelo caso, o governador paulista limitou-se a dizer que a situação precisava ser esclarecida.

“Acho que esclarecer é sempre importante, até para se fazer justiça”, disse. Na semana passada, o Tribunal de Contas deu 30 dias para que Dilma de explicações sobre as irregularidades encontradas pela fiscalização.