Prevista para ser realizada na tarde desta quarta-feira, 8, a reunião da Executiva Nacional do PMDB foi cancelada para se evitar constrangimentos oriundos da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que tornou réu o senador e tesoureiro adjunto do PMDB, Valdir Raupp (RO).

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A saia justa teve como origem uma carta apresentada por deputados da legenda, na véspera da reunião, em que foi pedido o afastamento, do comando nacional do partido, de todos os dirigentes acusados de envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. O documento foi assinado por Carlos Marun (MS); Hildo Rocha (MA); João Arruda (PR) e Lúcio Mosquini (RO).

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No mesmo dia da apresentação da carta, a 2ª Turma do STF aceitou a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Valdir Raupp pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com a acusação, os recursos doados oficialmente pela construtora Queiroz Galvão à campanha de Raupp ao Senado em 2010 seriam “propina disfarçada”. Além disso, teriam origem no esquema de corrupção estabelecido na Diretoria de Abastecimento da Petrobras.

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“Foi cancelada por solidariedade ao Raupp. Apesar de ser uma ação isolada [o pedido de afastamento dos dirigentes] o encontro seria tumultuado. Teríamos alguns constrangimentos”, afirmou um integrante da Executiva do PMDB, que não quis se identificar.