Após perder para Dilma, Serra lê biografia de mulheres

Derrotado nas urnas por uma mulher, a petista Dilma Rousseff, o tucano José Serra resolveu entender mais sobre o universo feminino. Afastado dos holofotes desde domingo, logo após o anúncio da vitória da adversária, o tucano mergulhou nos livros e tem se dedicado à leitura de biografias de mulheres que ousaram e fizeram história. “Estou lendo as biografias de duas mulheres extraordinárias e muito diferentes: Ignez Baptistella e Ruth Cardoso”, informou Serra, ontem, na rede de microblogs Twitter.

“Fora do ar”, conforme sua assessoria de imprensa, Serra não tem mantido contato com assessores. Pelo Twitter, o tucano agradeceu o apoio dos mais de 564 mil seguidores e pelas sugestões de lazer para o período pós-eleitoral. “Muito obrigado a vocês pelas mensagens e pelo envio de vídeos e pelas dicas de livros”, disse.

Serra contou que passou o dia 1º com os netos e lendo livros. “Ontem foi dia de curtir os netos, de escrever e de colocar a leitura em dia”, afirmou ele, na terça-feira, também no Twitter. Com dois livros na cabeceira e dois netos circulando pela casa, tudo indica que o tucano conseguiu resolver sua principal preocupação manifestada no discurso de domingo: como gastar a energia que sobrou da campanha.

Fã de Machado de Assis, Serra trocou os clássicos da literatura pelos livros “Ruth Cardoso: Fragmentos de uma Vida”, de Ignácio Loyola Brandão, e “Voo Livre – A história de uma mulher que ousou enfrentar o mundo”, autobiografia de Ignez Baptistella, mãe de Xico Graziano, coordenador de seu plano de governo na campanha presidencial.

Lançado no final de setembro, no meio da campanha eleitoral, a biografia da ex-primeira-dama conta histórias que poucos conhecem sobre Ruth Cardoso, da trajetória profissional da antropóloga a curiosidades pessoais da idealizadora do programa Comunidade Solidária. Amiga de Serra, Ruth morreu aos 77 anos em junho de 2008.

Já o livro de Ignez Baptistella, de 80 anos, tem um perfil diferente da acadêmica Ruth Cardoso. Ignez conta na obra como, aos 50 anos, se separou do marido e deixou para trás seis filhos para viajar pelo mundo.

Nos últimos dias, além de se dedicar à leitura, Serra tem recebido em sua casa, na zona oeste de São Paulo, as visitas de amigos e colegas de partido, entre eles o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, e o senador eleito por São Paulo, Aloysio Nunes Ferreira. Recluso, o tucano tem evitado entrevistas.

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