O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, decidiu afastar o delegado Romeu Tuma Júnior do comando da Secretaria Nacional de Justiça. Informalmente, o secretário disse que decidiu apenas “tirar férias” para se defender. O secretário se afasta do cargo após a divulgação de suas ligações com Li Kwok Kwen, um dos líderes da máfia chinesa conhecido como Paulo Li. A PF tem indícios que transformam o secretário em suspeito de “tráfico de influência” e de prática de “crimes contra a administração pública”.
Apesar do discurso público de que não pode condenar ninguém a priori, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esperava que Tuma Júnior tomasse a iniciativa de deixar o cargo, o que não ocorreu. O secretário resistiu a sair, sob a alegação de que não cometeu nenhum crime.
A solução intermediária encontrada pelo Palácio do Planalto foi a da licença. O ministro Barreto convenceu Tuma Júnior de que, se nada ficar provado contra ele no inquérito da Polícia Federal, a retomada de suas funções está assegurada.