O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também foi alvo de operação de busca e apreensão da Polícia Federal e do Ministério Público nesta quinta-feira, 18. As buscas foram focadas em processo envolvendo uma termoelétrica da JBS e a Petrobras. Em nota, o Cade informou que colaborou integralmente com as autoridades e o caso tem sido conduzido “dentro da normalidade”. “Se houve tentativa de alguém vender facilidades dentro do Cade, isso não se reverteu no processo”, disse uma fonte do órgão.

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De acordo com o Cade, a Empresa Produtora de Energia (EPE) Cuiabá, que pertence ao grupo JBS, protocolou na superintendência geral, em 2015, denúncia contra a Petrobrás, alegando que a estatal estaria se recusando a fornecer gás natural à termoelétrica, ou exigindo condições de venda alegadamente discriminatórias. “Tal representação era semelhante a denúncias de outros agentes”, informou o Cade, que citou uma série de casos.

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De acordo com o jornal “O Globo”, um dos donos da JBS, Joesley Batista, disse em delação que teria sido orientado pelo presidente Michel Temer a procurar o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver pendências. Joesley teria solicitado apoio no processo contra a Petrobrás no Cade e oferecido 5% do negócio em propina.