Após o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, antecipar a saída do PSDB do governo, o presidente Michel Temer (PMDB) recebe o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e outros parlamentares tucanos em uma reunião.
De acordo com a lista divulgada pela assessoria do Planalto, além de Aécio, a reunião conta com a participação dos senadores Roberto Rocha (PSDB), Antonio Anastasia (PSDB), Flexa Ribeiro (PSDB) e dos deputados João Marcelo Souza (PMDB), Marcus Pestana (PSDB) e Bruna Furlan (PSDB). Ainda constam na lista os senadores João Alberto Souza (PMDB) e Edson Lobão (PMDB) e o deputado Leonardo Quintão (PMDB).
A declaração de Padilha veio um dia após o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin – potencial candidato do PSDB à Presidência – defender o desembarque dos tucanos. “O PSDB não está mais na base de sustentação do governo”, disse o chefe da Casa Civil. “O partido tem os seus interesses políticos, que está procurando preservar.” Ao ser questionado sobre a presença de três ministros do PSDB na Esplanada, Padilha afirmou que Temer ainda pode manter auxiliares tucanos em sua “cota pessoal”.
Abordado nesta quarta-feira por jornalistas, o presidente acenou negativamente sobre o desembarque do PSDB. Em outro evento, Temer fez um breve discurso, saiu do local evitando a imprensa e fez sinal de positivo. Quando jornalistas questionaram se o gesto significava que os tucanos haviam saído do governo, o presidente parou e, energicamente, fez o sinal de negativo com os dedos.
Agenda
Nesta tarde, Temer recebe o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, no Palácio do Planalto. O tema do encontro não foi divulgado
Na noite desta terça-feira, Temer recebeu Meirelles e o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. Segundo auxiliares do presidente, a conversa era sobre uma demanda feita pelo governador do Rio Grande do Norte, Robson Faria, Estado que está com problemas financeiros.
O governador do PSD também esteve com Temer nesta terça-feira. De acordo com interlocutores, o Estado pediu aval do governo federal para novos empréstimos. O pedido ainda seria avaliado pelas áreas dos ministérios e, segundo fontes do Planalto, não havia nenhuma definição.