Após defender Olavo de Carvalho, pedir o impeachment do vice-presidente Hamilton Mourão e criticar duramente o ministro Carlos Alberto Santos Cruz (Secretaria de Governo) nas redes sociais, o deputado Marco Feliciano (Pode-SP) viajará na comitiva presidencial para Dallas (EUA) na noite desta terça-feira, 14. Feliciano e Santos Cruz, inclusive, estarão juntos no mesmo voo.

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Na semana passada, Feliciano disse que Santos Cruz “mostra todo o seu viés antidemocrático” e “quis mandar mais que o presidente no caso da publicidade das estatais, e agora quer amordaçar o povo que elegeu o presidente”.

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“Santos Cruz é um infiltrado que trabalha para destruir a revolução conservadora”, afirmou no Twitter. “Parabéns PR @jairbolsonaro por dar o segundo cartão amarelo em Santos Cruz em menos de 15 dias. Se fosse futebol já estaria expulso!”, declarou em outra publicação na rede social.

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Feliciano também escreveu que Santos Cruz foi ao Palácio do Alvorada buscar apoio de Bolsonaro, mas não conseguiu. “Entrou como um ministro desgastado, e saiu meio ministro.”

O deputado da bancada evangélica defendeu em suas redes sociais no último final de semana que os evangélicos fiquem ao lado de Olavo de Carvalho no embate entre os militares no governo e o “guru” de parte do governo. Tudo porque Carvalho defenderia posições mais parecidas com o que os religiosos acreditam ser certo.

“Ala militar do Planalto está fechada contra a mudança da embaixada para Jerusalém! Qual deputado evangélico apoia isso? Olavo é a favor da mudança da embaixada para Jerusalém. Qual deputado evangélico é contra isso?”, questionou.

Já pediu impeachment do vice

Autor de um pedido de impeachment contra o general Hamilton Mourão, no mês passado, Feliciano disse que o vice tenta derrubar o presidente Jair Bolsonaro para ficar em seu lugar. Ele chegou a chamar Mourão de “Judas”.

Antes de embarcar para os EUA, Feliciano e integrantes da bancada evangélica se encontraram com Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário especial da Receita, Marcos Cintra, para tratar da tributação das igrejas. A ideia é tentar acabar com o ruído provocado pela declaração de Cintra no fim do mês passado de que um novo tributo federal poderia ser cobrado de igrejas evangélicas, que atualmente são isentas.

Feliciano não é o único parlamentar a integrar a comitiva. Um dos principais aliados de Bolsonaro, o deputado Hélio Lopes (PSL-RJ), também foi confirmado. Entre os ministros, estarão Augusto Heleno (GSI), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Paulo Guedes (Economia). O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, é outro nome que acompanhará o grupo.