O fim do prazo das convenções partidárias, ontem, praticamente definiu o cenário em que se darão as eleições deste ano. Embora sem a proliferação de “outsiders”, como inicialmente previam os analistas políticos, a disputa caminha para ser uma das mais fragmentadas, reunindo o maior número de candidatos desde 1989, que teve 22 nomes.
No total, 13 candidatos foram oficializados por seus partidos, que têm até o dia 15 deste mês para registrarem as chapas.
O número é superior ao da eleição anterior, de 2014, quando 11 nomes disputaram a Presidência da República, e ao de 1998, quando houve 12 candidatos.
Ontem, mais um nome foi confirmado em convenções, o de João Goulart Filho (PPL), filho do ex-presidente João Goulart, o Jango, que teve o mandato interrompido pela ditadura militar.
Mesmo confirmados nas convenções, os candidatos ainda podem deixar a disputa ou ter o seu nome trocado pelo partido até a véspera das eleições. É o que deve ocorrer, por exemplo, com a candidatura do PT. Condenado em segunda instância e enquadrado na Lei da Ficha Limpa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ter seu nome trocado caso a Justiça Eleitoral negue o seu registro de candidato.
A deputada estadual Manuela dÁvila (PCdoB), que chegou a ser oficializada na disputa presidencial, não é mais candidata ao Palácio do Planalto, já que seu partido fechou aliança com o PT. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.