Apoio externo reforça luta pelo segundo turno no Paraná

Na briga por votos dos paranaenses nas eleições presidenciais, dois governadores eleitos vão estar fazendo campanha no estado depois de amanhã. O governador reeleito do Mato Grosso, Blairo Maggi (sem partido), vai estar em Cascavel, no oeste do Paraná, participando de um encontro com produtores rurais em que deve pedir apoio para a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). E José Serra (PSDB), governador de São Paulo a partir de 1.º de janeiro, desembarca em Curitiba em campanha para o candidato à presidência Geraldo Alckmin (PSDB) e para o candidato ao governo do Estado Osmar Dias (PDT).

Maggi vai se encontrar com representantes do agronegócio paranaense, em evento na sede da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop), para debater sobre a realidade e as perspectivas da agropecuária nacional, assim como políticas de governo e o cenário mundial para o setor. Ele é paranaense de São Miguel do Iguaçu, mas se mudou para o centro oeste na década de 1970, tornando-se o maior produtor individual de soja do mundo.

Na visita a Cascavel, Maggi deve se encontrar também com o prefeito da cidade, Lísias Tomé, que até pouco tempo era filiado ao PPS, mas no momento está sem partido. o PPS estadual decidiu apoiar Osmar, mas Tomé preferiu entrar na campanha de reeleição do governador licenciado Roberto Requião (PMDB).

Embora seu partido, o PPS, esteja com Alckmin, Maggi não teme uma possível retaliação, caso o tucano vença a eleição. Em 2002, no segundo turno da sucessão presidencial, o governador do Mato Grosso também apoiou o petista. Maggi justifica seu apoio ao candidato do PT com base no argumento de que é uma tática para manter aberto um canal de diálogo entre o setor agrícola e um eventual novo governo Lula.

Reforço

Já Serra vai participar no início da tarde de uma carreata com o prefeito de Curitiba licenciado Beto Richa (PSDB), que coordena a campanha de Alckmin no estado, e com o senador Osmar Dias (PDT). Em seguida, o governador eleito de São Paulo deve fazer uma caminhada pela Boca Maldita, no centro da cidade. Segundo a assessoria do comitê de Alckmin no Paraná, a vinda de Serra – que obteve 57,9% dos votos em São Paulo (12.381.038 votos) – é vista como mais um reforço à campanha do tucano no estado.

O coordenador geral da campanha de Osmar, Antonio Poloni, avalia que o apoio de Serra é importante, pois desde a eleição passada ele se tornou uma figura muito conhecida. ?Serra tem uma imagem de muita dignidade e respeito?. Para Poloni, Serra pode ser também um grande aliado do Paraná, numa eventual administração de Osmar. ?Muitos dos problemas dos estados dependem da ação do governo federal. Serra poderá ser um parceiro na luta pelos interesses dos estados?, disse.

Intenções de votos

No primeiro turno da eleição para presidente, Alckmin teve um desempenho bem melhor que Lula no Paraná. Enquanto Lula teve 37% dos votos no estado, Alckmin ficou com 53%. Mas, a menos de dez dias das eleições os dois governadores vêm ao Paraná num momento em que Alckmin perdeu um pouco de espaço para Lula, conforme as pesquisas. Na última consulta feita pelo Instituto Datafolha, realizada nesta semana, Lula aparece com 49% das intenções de votos no estado, enquanto Alckmin está com 46%. Em relação ao primeiro levantamento do Datafolha no Paraná neste segundo turno, Lula aumentou nove pontos percentuais e Alckmin perdeu três.

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