O presidente do diretório municipal do PPS de Cascavel, Marcos Mion, enviou ofício ontem à executiva estadual do partido propondo a expulsão sumária do filiado Pedro Muffato, acusado de infidelidade partidária ao formalizar publicamente seu apoio ao candidato do PDT ao governo, senador Alvaro Dias. Diz o ofício de Mion:
Ao ingressar no PPS, no município de Cascavel, Pedro Muffato assinou ficha de filiação abonada por Ciro Gomes e pelo presidente regional do partido, o deputado federal Rubens Bueno. O PPS não apenas abriu-lhe as portas, como ofereceu-lhe a perspectiva de uma candidatura ao Senado nas eleições de 6 de outubro de 2002. Isso porque o próprio Muffato nos disse que examinava a hipótese de concorrer a senador neste ano.
No momento em que se filiou ao partido, Muffato estava ciente de que se submetia ao estatuto e aos manifestos do PPS, democraticamente aprovados em congressos estaduais.
Iniciado o processo eleitoral, Muffato declarou seu apoio às candidaturas de Rubens Bueno ao governo do Estado e de Ciro Gomes a presidente. Mas declinou da candidatura ao Senado, alegando razões políticas e pessoais.
Passado o período de registro de candidaturas, Muffato surpreendeu o deputado Rubens Bueno, no início de agosto, com a afirmação de que gostaria de disputar uma cadeira de senador.
