Apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram atingidos por fezes lançadas por um drone que sobrevoou a região de um evento com o petista em Uberlândia (MG) nesta quarta-feira (15).
Eles esperavam a liberação para entrar no local. Segundo a assessoria de imprensa de Lula, duas pessoas apontadas como as responsáveis por controlar o equipamento foram identificadas e detidas pela polícia.
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O ex-presidente participará de ato no Centro Universitário do Triângulo ao lado do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD). Kalil é pré-candidato ao Governo de Minas Gerais e conta com apoio do PT.
A funcionária pública aposentada Rosângela Bernal, 68, que se diz fã do ex-presidente Lula, afirma que ela e sua neta Isabela Bernal Gonçalves, 10, foram atingidas por fezes.
A assessoria de imprensa de Lula não confirmou o que foi despejado nas pessoas.
“Acho que é desespero dos bolsonaristas. Fizeram terrorismo pelo WhatsApp, achando que não viria ninguém. Mas quando viram que lotou aqui, se desesperaram”, disse Rosângela ao lado da neta.
Elas tiveram que comprar novas camisetas e foram autorizadas pela segurança do local a tomar banho em um espaço no centro universitário. Funcionários do local jogaram água no chão para limpar os dejetos.
A informação foi divulgada pelo jornal O Tempo, que publicou vídeo em suas redes sociais do drone, e confirmada pela Folha de S.Paulo.
Esse será o primeiro evento público com a presença de Lula e de Kalil desde que anunciaram a aliança, em maio.
É também a primeira agenda pública do petista desde que ele contraiu Covid-19. Lula anunciou na terça (15) que testou negativo para a Covid e que poderia retomar compromissos presenciais da sua pré-campanha -ele ainda irá para cidades do Nordeste nesta semana.
Na manhã desta quarta-feira (15), o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), publicou nas redes sociais uma mensagem em que afirmou que reforçará o policiamento na cidade de Uberlândia “para não dar brecha a bandido”.
Zema é candidato à reeleição alinhado ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Embora não mencione o nome de Lula na postagem, o gesto foi encarado por aliados do ex-presidente como uma provocação, devido à coincidência da data.